Atual campeão Nacional da CNAR treinou sete meses esperando uma oportunidade

A história de Yan Victo, atual campeão da CNAR é uma das mais impressionantes de se ler, ou saber.

A cidade de Assis Brasil, no Acre, onde ele nasceu, está localizada na fronteira com o Peru. E por lá, Yan já começa o seu desejo de montar, desde pequeno

“A gente sempre montou em bezerro, atrás de porteira, no meio do pasto, era uma loucura danada” Explica “Ai fomos montando em bezerros maiores, tinha um primo com arena, e começamos a progredir”

Com quinze anos de idade, montou no rodeio de sua cidade, mas ficou montando só lá, por falta de oportunidade, quatro anos depois, com dezenove anos, venceu o rodeio de sua cidade, e aí sim, as primeiras oportunidades começaram a aparecer.

“Fui na cidade vizinha, e fique em segundo lugar e, foram aparecendo oportunidades, porém, os rodeios lá pararam, e um primo que estava aqui no estado de São Paulo, me perguntou se eu queria vir para cá e eu não pensei duas vezes, peguei um avião e vim” Lembra Yan.

Ele veio para a propriedade do tropeiro Moacir Espinosa, com o propósito de trabalhar e conseguir uma oportunidade.

“Durante sete meses, minha rotina diária foi trabalhar até as quatro horas da tarde, colocar uma tralha e montar em quatro touros, todo santo dia” Lembra “A primeira oportunidade, aconteceu por indicação Tiago Diogo, campeão de Barretos, que pediu ao Enrique Moraes, para me dar um oportunidade do rodeio de Monte Aprazível (SP), e fu fui vice-campeão do rodeio, e depois de mais quatro etapas em segundo lugar”

Dali em diante, isso foi em 2022, Yan Victo, começou a frequentar as etapas da Ekip Rozeta. Onde em abril deste ano, ganhou seu primeiro título aqui no estado de São Paulo e segundo na carreira, na cidade de Sumaré, semifinal da temporada da Ekip Rozeta onde ele terminou em quinto lugar, quando ela foi finalizada em abril deste ano.

Sua atuação obviamente o levou para Barretos e ele nos conta como foi essa experiência:

“Eu vou falar pra tu” Disse ele, com seu sotaque nativo do Acre “Eu não acreditava que eu estava lá, montei a primeira semana na PBR Brazil, só parei em um touro. Eu via aquele lugar grande, que eu só via pela televisão e a pressão veio mesmo”

Foi no rodeio internacional que Yan teve uma das piores experiência de vida, onde ele mesmo confessa que não segurou a pressão.

“O rodeio Internacional começou, aquela pressão, nervoso e todo mundo parando, vencendo os touros, pensei que tinha que fazer o mesmo e fui parando em tudo, e entrei liderando a final, era eu parar e ser campeão de Barretos” Lembra “A pressão foi muito grande que eu fiquei fora de si, eu cai, perdi de ganhar Barretos, fui vice campeão, mas aquilo foi muito forte”

“Deixei a pressão, me derrotar e não foi só perder Barretos, foi muito além, eu chorei a noite toda, fiquei sem dormir, e não queria ir mais em rodeio” Eu só fui na semana seguinte em Orindiuva (SP), porque deram convite para eu levar meu primo e fiquei em segundo lugar novamente”

“O trauma só aumentou com esse outro segundo lugar, foi um mês com essa sensação de derrota” Explica

O mundo girou e chegou Avaré, a FNR – Final Nacional de Rodeio. Desta vez havia um dilema, dois anos aqui na luta, Yan Victo, não estava conseguindo guardar dinheiro para visitar a família no Acre, já estava certo que não ia este final de ano, a não ser que, ganhasse Avaré.

“Eu cheguei em Avaré sem muita pressão, e vim para montar e tentar ganhar um dinheiro para pode ir visitar minha família” Explica “Fui vencendo os touros, e cheguei a final em primeiro novamente”

“Juro que me passou o mesmo filme, eu lembrei de Barretos, mas, eu tinha que fazer o impossível para poder vencer o evento e ter a chance de visitar minha família, era a montaria da minha vida, não deixei a pressão me abalar e fui com tudo para cima do touro e consegui vence-lo”

“Foi uma emoção muito grande, desta vez e não dormi a noite toda de alegria, eu fico aqui olhando para esse troféu até hoje (dois dias depois) sem acreditar no que aconteceu, foi uma benção muito grande”

“Eu vim de muito longe, batalhei muito, me preparei para esse momento, não foi fácil, você abandonar a família, ficar longe de tudo, mas graças a Deus eu venci e a primeira coisa que vou fazer é comprar uma passagem de avião e visitar minha família finaliza”

O título em Avaré, foi o terceiro da carreira de Yan que agora é o campeão nacional. Yan, se preparou, se dedicou, e agora colheu os frutos e como bônus, via poder visitar sua família no Acre e, os planos para muito em breve, é tentar a vida na América.

Outros campeões:

Cutiano: Ari Piovezan

Melhor animal do evento: Comissário Cia WR.

Animal do ano: Namorada Reserva Cia JR/BBR

Melhor Touro do evento: Rei do Norte Cia Tercio Miranda

Touro do ano: Reza Lenda da Cia JK Buking Bulls

Fotos: Lealdini Fotografias

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